O concelho de Castelo Branco foi, de 29 de fevereiro a 3 de março, o centro do futebol distrital, com a organização da Fase Final Nacional do UEFA Regiões. A Seleção Distrital da Associação de Futebol de Castelo Branco também lutou por um lugar na história.

Após disputar a Fase Zonal, os líderes dos respetivos grupos – seis no total - foram apurados para este momento competitivo. As seis equipas foram divididas em dois grupos: A – AF Viseu, AF Lisboa e AF Madeira; B – AF Castelo Branco, AF Setúbal, AF Braga.

O vencedor de cada grupo ia disputar o título nacional, que garantia, igualmente, presença na fase internacional da prova.

Os albicastrenses entraram em campo logo no primeiro dia, 29 de fevereiro, para medir forças com a congénere de Setúbal. Apesar do equilíbrio evidente e das situações de perigo junto das duas balizas, os setubalenses acabaram por triunfar, por 0x3, com dois golos de bola parada e uma grande penalidade.

No dia seguinte, 1 de março, novo duelo – e decisivo para as contas finais -, desta feita frente à AF Braga. Enfrentando uma equipa que estava a realizar a primeira partida na competição, os nossos jogadores lutaram, conseguiram criar situações de perigo, mas foram penalizados pelos erros defensivos.

Os bracarenses venceram, por 1x4, ficando assim a nossa Seleção sem hipótese de chegar ao encontro decisivo. Fernando Cunha fez o golo albicastrense.

O Selecionador Distrital, Francisco, assume que a participação “não nos satisfaz, porque os resultados não foram condizentes com o que produzimos e com o que ambicionávamos, mas também não nos desanima”.

“Conseguimos apresentar uma forma de estar e jogar diferenciada, competindo de forma corajosa e com a certeza de dignificar de forma comprometida a instituição que representamos”, realça.

Para o treinador, a ineficácia ofensiva e o menor acerto defensivo foram decisivos para o desfecho na prova.

“Podemos resumir as diferenças registadas em dois fatores: a ineficácia ao materializar a produção ofensiva da equipa e o desacerto em alguns timings do momento de transição defensiva. À parte termos sofrido dois golos de livre direto e um de pênalti no mesmo jogo, sentimos que criámos situações de finalização em número suficiente, em ambos os encontros, para que o desfecho dos mesmos fosse distinto. Não fomos tão capazes como na Fase Zonal, no entanto, ficou patente a ambição dos jogadores e o seu espírito competitivo”, sublinhou.

O fator “casa”, para Francisco Pires, terá sido “positivo”, em caso de influência. O técnico assegurou que foram garantidas todas as condições para que “os jogadores se focassem somente em aproveitar a competição. Embora os jogos fossem em dias e horários menos apelativos, contámos com o apoio de mais pessoas do que jogando noutro distrito, pelo que, creio ter sido favorável jogar em casa”.

O Selecionador Distrital deixou ainda um agradecimento, explicando que o objetivo foi “promover o que de bom se concretiza no distrito”.

“Aos jogadores, assim como aos Clubes, dirigentes, treinadores e a todos aqueles que nos apoiaram importa, essencialmente, agradecer. O nosso intuito, nestes momentos, é o de promover o que de bom se concretiza no nosso território, não nos inferiorizando ou desculpabilizando e ousando querer competir com os melhores. Apesar da exigência desse desafio, que tem os seus percalços, julgo termos estado à altura do mesmo, concluiu.

A final foi disputada pela AF Lisboa e AF Braga, sendo que o lisboetas triunfaram, por 1x0, e revalidaram o título nacional.