Seis meses depois de uma passagem de ano revestida de esperança com o início da vacinação para a COVID-19, a pandemia ainda não nos deixou e o desassossego provocado pela informação de novas variantes do vírus SARS-CoV-2 contínua presente. Todavia, o constante bombardeamento de (des)informação sobre o vírus e a doença, seja pelos órgãos de comunicação social, seja pelas redes sociais ou pelas relações pessoais que mantemos, tem-nos permitido uma familiarização com a temática tão normal quanto perigosa. Hoje todos temos opinião e sentimo-nos especialistas em diversas áreas para as quais não temos formação, uma “especialização” que é inversamente proporcional às responsabilidades que nos estão investidas.  O futebol, enquanto fenómeno social global, exige respostas de cariz social, que não cabem em fait-divers e em opiniões voláteis de responsabilidade não assumida.

 Nestes seis meses orientámos o nosso trabalho com frontalidade e firmeza, certos de que temos feito o melhor para todos. Nestes seis meses não parámos, o futebol e o futsal não parou. Nestes seis meses, vividos a ritmos diferentes, pautados pelo bem maior da vida humana, assistimos a vencedores distritais levantarem os troféus, aplaudimos um jogador de um clube filiado ser distinguido pelo Plano Nacional de Ética no Desporto, vibrámos com o Título Nacional da II divisão de futsal de um dos nossos filiados, formámos treinadores, estreitámos laços com instituições de ensino e vimos reconhecidos vinte e seis clubes AFCB no Processo de Certificação FPF. Nestes seis meses não parámos.

 Não vamos parar!

 

Manuel Candeias